domingo, 13 de maio de 2007

Exprobrados pela ação de escolher em um mundo caótico e enganados pelo ópio do pseudo saber


Olhamos para nossa vida, destroçada pelos nossos atos de outrora e culpamos a sociedade caótica, pelo o estado efetivado, de nossa moral desordenada e pelo objetivo concretizado e destorcido vigente.
Mas nunca encaramos a realidade que nós somos os culpados pelo nosso estado pueril, que somos condenados a escolha e a liberdade, que temos a cada segundo desse tempo maldito que nos consome, a escolher. Seria uma prisão da liberdade, um castigo eminente em nossa essência, pois, não podemos penalizar algo divino e nem a natureza pelo o que praticamos, porque, o destino realmente não existe.
A idéia essencialista, que a essência precede a existência foi superada pela morte de Deus e da consciência do ópio religioso, que não está mais presente entre muitos intelectuais. Infelizmente sabemos que existência precede a essência, que nos criamos a partir de nossos atos, de nossas escolhas e dos nossos abandonos cósmicos. A angústica nos devora, pois, não sabemos se conseguiremos mudar alguma coisa em nossa vida, porque, a morte bate em nossa porta, ao tentar mudar podemos nos frustar pelo nosso hábito (ethos-hexis), que se tornou uma primeira natureza, como abandonar algo que empregnou em nossa alma?
Perdemos várias oportunidade em nossas vidas, porque, escolhemos errado. A ciência clássica nos esnganou ao dizer que através de inferências conseguimos prever os efeitos, percebemos, que nunca saberemos as conseqüências se não passarmos por ela, principalmente os de longo prazo.
A vida se tornou estúpida para alguns, ou podemos dizer para maioria? Não sabemos escolher, não sabemos agir, não sabemos nos conhecer e não sabemos de nada além que não sabemos. Nos destruir seria a solução? penso que não, temos que aprender escolher e temos que ser exemplo para os que virão, para não repetir nossos erros. POr enquanto temos que nos contentar com nossa vida maldita e esses vários mundos que nos cercam "les mondes maudits".

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso aí, Tofu. Concordo com grande parte das idéias, menos com a parte que nega a religião. Eu sou religiosa. Mas realmente, é verdade que nada sabemos, e a graça da vida está em aprender, errar e aprender a cada dia. E se temos a consciência de que somos responsáveis pela nossa vida, que tudo é consequência de nós mesmos, o melhor caminho vai se mostrando.

xToFux disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
xToFux disse...

Eu também sou religioso, mas sabemos que a religião sem a práxis se torna absoleta...esse é o verdadeiro ópio religioso... o comodismo de vários pseudos religiosos que esquecem a etimologia da palavra religião que vem do latim: religio e religare...entende?